Albânia. Detidas mais de 200 pessoas por tráfico de drogas em escolas
O país é um dos principais pontos de produção e distribuição de canábis ilegal a partir do sul da Europa.
© Reuters
Mundo Albânia
A polícia albanesa deteve 233 pessoas esta quinta-feira, numa operação de grande escala a nível nacional para travar uma rede de tráfico de estupefacientes nas escolas do país.
O ministro do Interior, Taulant Balla, explicou que cerca de 3.000 agentes da polícia fizeram parte da operação, que identificou 23 grupos criminosos que traficavam todo o tipo de drogas para o sistema educativo da Albânia, desde substâncias leves, como a canábis, a drogas mais perigosas como a heroína, a cocaína ou ecstasy.
O tráfico ocorria tanto em escolas como em universidades, nas imediações dos estabelecimentos destas instituições.
Balla afirmou, numa conferência de imprensa citada pela Associated Press, que "os pais e famílias da Albânia estão a avaliar o trabalho da polícia e também esperam que haja trabalho sistémico contra criminosos deste tipo".
A Albânia é um dos pontos de entrada de uma grande parte do narcotráfico europeu, sendo um dos centros de produção de marijuana para o resto da Europa. A sua ligação ao Mar Mediterrâneo, através do Mar Adriático, e as fronteiras terrestres com os Balcãs e com a Grécia, tornam as ligações mais fáceis para os traficantes do sul da Europa.
Apesar da canábis para uso medicinal ser cada vez mais aceite numa grande parte dos países europeus, especialmente no norte da Europa, praticamente nenhum país permite o uso recreativo de canábis. A Malta é o único país europeu que legalizou o uso recreativo de erva e os Países Baixos apenas toleram quantidades controladas e vendidos a partir das suas famosas 'coffee shops', enquanto que a Alemanha deu recentemente passos para legalizar o consumo recreativo da substância natural.
O atual primeiro-ministro, Edi Rama, foi eleito em 2013 e uma das bandeiras foi o combate ao tráfico de canábis. Nos últimos anos, as autoridades albaneses destruíram milhões de plantas pelo país, queimando sete mil milhões de euros, o que representa mais de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Só este ano, já foram acusadas mais de 1.500 pessoas por tráfico de drogas na Albânia.
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