"Não estou ciente sobre a situação que referiu", disse Mao Ning, em conferência de imprensa, após ser questionada sobre o assunto por um jornalista.
A ausência de Li Shangfu levantou questões sobre o seu paradeiro e a sua situação, que se assemelha à do anterior ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, que esteve um mês desaparecido e acabou por ser afastado do cargo, sem explicações.
Li foi visto pela última vez num fórum de segurança China -- África, que se realizou no dia 29 de agosto, pouco depois de ter visitado Moscovo e Minsk, para se encontrar com altos funcionários da Rússia e Bielorrússia.
Segundo o jornal Financial Times, fontes norte-americanas acreditam que o ministro se encontra em prisão domiciliária enquanto é alvo de investigação.
O embaixador dos Estados Unidos em Tóquio, Rahm Emanuel, disse na rede social X que Li falhou a um encontro que tinha programado com o chefe das Forças Armadas de Singapura.
O nome de Li ainda consta no portal do ministério da Defesa e há menções recentes ao ministro nas redes sociais do país asiático.
O portal do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês apagou grande parte das menções a Qin Gang um mês após o seu desaparecimento.
Qin, ex-embaixador da China nos Estados Unidos, foi promovido em dezembro passado e deixou de aparecer em público em 25 de junho, após meses de atividade frenética, suscitada pela reabertura da China, ao fim de três anos da política 'zero covid'.
O Partido Comunista Chinês (PCC) afastou-o do cargo sem dar qualquer explicação, levantando todo o tipo de especulações, desde problemas de saúde, a um alegado caso extraconjugal com uma apresentadora de televisão ou uma purga política após meses de lutas no seio do poder chinês.
A ausência de Li ocorre cerca de um mês após a demissão de dois generais da Força de Foguetes do Exército de Libertação Popular (ELP).
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