As sanções, decididas em coordenação com os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália, "incidem sobre altos funcionários iranianos responsáveis pela preparação e aplicação da lei iraniana sobre o uso obrigatório do 'hijab'", explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.
Estas medidas visam, nomeadamente, o ministro da Cultura, Mohammad Mehdi Esmaili, o adjunto Mohammad Hashemi, o presidente da Câmara Municipal de Teerão, Alireza Zakani, e o porta-voz da polícia iraniana, Saeed Montazer Al-Mahdi.
Há um ano, em 16 de setembro de 2022, Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana, morreu depois de ter sido detida pela polícia da moralidade por não ter respeitado as rigorosas regras islâmicas de vestuário.
A morte desencadeou meses de manifestações, reprimidas com violência e detenções, mas a revolta "Mulheres, Vida, Liberdade" continuou sob várias formas e está a emergir como um dos maiores desafios às autoridades iranianas desde a revolução de 1979.
"Um ano após a trágica morte de Mahsa Amini às mãos da polícia de costumes iraniana, saúdo a coragem das mulheres iranianas que continuam a lutar pelas liberdades fundamentais", afirmou o chefe da diplomacia britânica, James Cleverly, citado no comunicado.
"As sanções hoje decretadas contra os responsáveis pelas leis opressivas do Irão enviam um sinal claro de que o Reino Unido e os seus parceiros continuarão a apoiar as mulheres iranianas e a pronunciar-se contra a repressão do Irão sobre o seu próprio povo", acrescentou.
O Reino Unido impôs sanções a mais de 350 funcionários e entidades iranianas, que incluem proibição de viajar para o país e congelamento de bens.
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