"Outros fenómenos desafiantes para o continente africano e vários estados em desenvolvimento prendem-se com conflitos armados e segurança dos Estados e a problemática de mudanças inconstitucionais de governos em países identificados, com maior relevância os da África Ocidental e Central", disse Filipe Nyusi durante a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Grupo 77+China que decorre desde sexta-feira em Havana, capital de Cuba.
Filipe Nyusi manifestou-se também preocupado com o alastramento do terrorismo em África e no mundo, referindo que o fenómeno agrava conflitos e fragilidades dos países.
Na cimeira G77+China, o Presidente de Moçambique reafirmou ainda o seu empenho para a cooperação e solidariedade entre os países em desenvolvimento, apelando para que haja compreensão, paciência, tolerância e convivência pacífica entre as nações.
A cimeira G77+China reúne mais de 30 chefes de Estado e, além de Filipe Nyusi, confirmaram presença os presidentes de Angola, João Lourenço; do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Bendito Freitas e representantes dos governos da quase totalidade dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O G77 foi criado em 1964 no seio da Organização das Nações Unidas (ONU), no interior do grupo dos países Não-Alinhados, por 77 países em desenvolvimento. Hoje conta com 134 membros. A China, que não se considera membro do grupo, participa no G77 desde 1992.
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