Um raio caiu na sexta-feira nas áreas de al-Layha e al-Zahra, na província de Hodeida, no Mar Vermelho, disse Hamza Sayed, médico do hospital al-Layha.
"Seis mulheres e um homem morreram e outros três ficaram feridos", adiantou aquele profissional de saúde à agência de notícias francesa AFP.
Aquela é uma área controlada pelos rebeldes Houthi, que tomaram a capital, Sana, em 2014, desencadeando um conflito com o governo que causou a pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU.
Também na sexta-feira, as inundações destruíram dezenas de casas e mataram uma mulher na cidade de Hais, na fronteira com a província de Hodeida, controlada pelo governo, disse uma autoridade local sob condição de anonimato.
Condições meteorológicas extremas já obrigaram à deslocação de mais de 200 mil pessoas no Iémen desde o início do ano, "muitas das quais já tinham sido deslocadas várias vezes", afirmou o Fundo de População das Nações Unidas no início desta semana.
"De acordo com as previsões, as fortes chuvas afetarão quase 2 milhões de pessoas deslocadas nas próximas semanas", acrescentou a agência da ONU.
A guerra prolongada deixou em ruínas as infraestruturas do país, o mais pobre da Península Arábica.
Após a captura de Sana pelos Houthis, a vizinha Arábia Saudita assumiu a liderança, em 2015, numa coligação militar anti rebelde.
Um período de tréguas, que entrou em vigor em abril de 2022, mantém-se em grande parte, apesar de ter expirado oficialmente em outubro passado.
As esperanças de um cessar-fogo mais duradouro receberam um novo impulso na noite de quinta-feira, quando uma delegação Houthi chegou a Riade, na Arábia Saudita, para falar de paz, pela primeira vez desde o início do conflito.
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