"Apesar dos ataques diretos ao aeroporto, a autoridade afirma que continua a cumprir o seu dever de restaurar o aeroporto para aliviar o sofrimento dos cidadãos iemenitas, incluindo doentes, retidos, estudantes e empresários, e que o aeroporto voltará a funcionar amanhã [sexta-feira]", indicou a CAMA, em comunicado.
Os combatentes israelitas "dirigiram vários dos seus mísseis contra o equipamento de navegação, a torre de controlo de tráfego aéreo e outras partes do aeroporto civil, resultando na sua destruição", acrescentou esta autoridade.
As vítimas causadas pelos ataques incluíram funcionários do aeroporto, tripulações de voo, rececionistas e um tripulante de uma aeronave das Nações Unidas.
"Isto constitui uma violação flagrante de todas as leis, pactos, tratados e convenções internacionais", sublinhou a CAMA.
Pelo menos seis pessoas morreram e 40 ficaram feridas na sequência dos ataques israelitas contra diferentes infraestruturas no Iémen, sob controlo dos rebeldes Huthis, segundo o mais recente balanço divulgado na quinta-feira à noite.
O porta-voz do ministério, Anees Alasbahi, divulgou o balanço preliminar na sua conta na rede social X, acrescentando que entre os feridos no aeroporto estava o copiloto do avião que transportava o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O responsável pela agência da ONU tinha revelado no seu perfil no X que escapou ao ataque, juntamente com a sua equipa.
O ataque lançado pela aviação israelita atingiu infraestruturas utilizadas pelos Huthis no aeroporto de Sana, nas centrais elétricas de Hezyaz e Ras Kanatib e outras posições nos portos de Hodeida, Salif e Ras Kanatib, na costa oeste, de acordo com uma declaração militar israelita.
"[Israel] Ataca deliberadamente civis e destrói instalações do serviço público para afetar a vida das pessoas e os seus direitos de se deslocarem e viajarem em segurança", acusaram, por sua vez, os rebeldes iemenitas sobre este bombardeamento, que consideraram "uma violação flagrante do direito internacional".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanayahu, prometeu na quinta-feira que Israel atacará os Huthis no Iémen "até que a missão" de os neutralizar "esteja concluída", descrevendo-os como "braço terrorista do Irão", após o bombardeamento de alvos militares no país.
O Irão condenou os ataques israelitas contra os rebeldes no Iémen, aliados de Teerão, qualificando-os de "crime".
Segundo Telavive, os alvos estavam a ser utilizados pelos Huthis para contrabandear armas iranianas para a região e como porta de entrada para altos funcionários do regime iraniano.
Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra em Gaza, os Huthis, aliados do Irão, têm atacado navios, principalmente no Mar Vermelho, e alvos em Israel, aproveitando a posição estratégica do Iémen.
Estas ações têm continuado apesar de as suas posições terem sido bombardeadas em várias ocasiões pelos Estados Unidos, Israel e Reino Unido.
Os rebeldes Huthis do Iémen reivindicaram na quarta-feira três novos ataques às cidades israelitas de Telavive e Ashkelon com um míssil balístico hipersónico e dois 'drones', apesar das advertências israelitas de responder "com força" a estas ações.
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