Cem pessoas fogem de centro de identificação sobrelotado na Sicília

Uma centena de migrantes conseguiu escapar do centro de identificação de Porto Empedocle, na Sicília (sul de Itália), para onde foram transferidos após chegarem a Lampedusa, sobrelotado devido à vaga de chegadas dos últimos dias.

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Lusa
18/09/2023 13:18 ‧ 18/09/2023 por Lusa

Mundo

Itália

Em Porto Empedocle, na província de Agrigento, mais de mil migrantes estão amontoados desde domingo num centro que não está preparado para esse número e do qual tentam constantemente escapar, noticiam os meios de comunicação italianos, citados pela agência de notícias EFE.

Pelo menos uma centena de pessoas conseguiu abandonar as instalações e está a ser procurada pela polícia nesta cidade, um dos maiores centros de acolhimento de migrantes desde Lampedusa, e que hoje não está a receber mais pessoas, segundo a imprensa.

No centro de acolhimento de Lampedusa estão atualmente 1.104 pessoas, depois de ter sido registada a chegada de apenas uma embarcação com 33 tunisinos desde a meia-noite, em comparação com as mais de 7.000 que a instalação recebeu nos últimos dias.

Nas últimas horas, o centro tem estado a esvaziar-se, com transferências contínuas. Esta manhã, um navio da marinha transferiu 600 migrantes para Catânia, também na Sicília, que foram levados para o centro de vacinação de San Giuseppe La Rena, disponibilizado pelo município.

Nas próximas horas, o "Geo Barents", o navio dos Médicos Sem Fronteiras que resgatou 471 migrantes em vários salvamentos no Mediterrâneo central, chegará também ao porto de Brindisi, na Apúlia.

Após a visita, no domingo, a Lampedusa da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, juntamente com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, chegará hoje a Roma para discutir a questão da migração.

Segundo os meios de comunicação italianos, antes da sua chegada, Darmanin explicou que será oferecida "ajuda" a Itália para defender as suas fronteiras, mas reiterou que a França não se ocupará dos imigrantes que chegam a Lampedusa.

Leia Também: UE envia quase 500 milhões à Roménia, Itália e Turquia após catástrofes

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