Em Porto Empedocle, na província de Agrigento, mais de mil migrantes estão amontoados desde domingo num centro que não está preparado para esse número e do qual tentam constantemente escapar, noticiam os meios de comunicação italianos, citados pela agência de notícias EFE.
Pelo menos uma centena de pessoas conseguiu abandonar as instalações e está a ser procurada pela polícia nesta cidade, um dos maiores centros de acolhimento de migrantes desde Lampedusa, e que hoje não está a receber mais pessoas, segundo a imprensa.
No centro de acolhimento de Lampedusa estão atualmente 1.104 pessoas, depois de ter sido registada a chegada de apenas uma embarcação com 33 tunisinos desde a meia-noite, em comparação com as mais de 7.000 que a instalação recebeu nos últimos dias.
Nas últimas horas, o centro tem estado a esvaziar-se, com transferências contínuas. Esta manhã, um navio da marinha transferiu 600 migrantes para Catânia, também na Sicília, que foram levados para o centro de vacinação de San Giuseppe La Rena, disponibilizado pelo município.
Nas próximas horas, o "Geo Barents", o navio dos Médicos Sem Fronteiras que resgatou 471 migrantes em vários salvamentos no Mediterrâneo central, chegará também ao porto de Brindisi, na Apúlia.
Após a visita, no domingo, a Lampedusa da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, juntamente com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, chegará hoje a Roma para discutir a questão da migração.
Segundo os meios de comunicação italianos, antes da sua chegada, Darmanin explicou que será oferecida "ajuda" a Itália para defender as suas fronteiras, mas reiterou que a França não se ocupará dos imigrantes que chegam a Lampedusa.
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