"A China e a Rússia, como grandes potências mundiais, têm uma responsabilidade especial na manutenção da estabilidade estratégica global e do progresso mundial", disse Wang, citado pela agência Efe, no início da sua reunião em Moscovo com Lavrov, ao mesmo tempo que destacou a dinâmica positiva das relações bilaterais, que são desenvolvidas "em todas as áreas".
"A China e a Rússia realizam políticas externas independentes. A nossa cooperação não é dirigida contra ninguém e não é influenciada por outros países", sublinhou Wang, que saudou os contactos constantes entre os dois países em tempos de "turbulência internacional e regional".
Lavrov, por sua vez, concordou que o mundo está agora a passar por "mudanças tectónicas" e lembrou que durante a sua reunião de março passado em Moscovo os líderes de ambos os países, Vladimir Putin e Xi Jinping, marcaram "a direção do futuro aprofundamento da parceria estratégica" entre Moscovo e Pequim.
"Quero destacar a importância da cooperação russo-chinesa para garantir a justiça nos assuntos mundiais e o equilíbrio de interesses nos processos realizados nas diferentes áreas", afirmou o chefe da diplomacia russa.
Da mesma forma, confiou na continuação do atual nível de interação entre ambas as potências a nível bilateral e no âmbito da sua participação em diferentes fóruns.
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, anunciou a viagem do ministro chinês na semana passada e afirmou que os dois líderes teriam "uma troca detalhada de opiniões sobre a questão do conflito na Ucrânia, bem como a estabilidade e a segurança na região da Ásia Pacífico".
A chegada de Wang a Moscovo ocorre após a sua reunião com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, em Malta, e que a Casa Branca descreveu como "sincera e construtiva".
Segundo a Casa Branca, Sullivan sublinhou a Wang "a importância de manter a estabilidade no Estreito de Taiwan", e ambos se comprometeram a realizar "reuniões de alto nível" entre os Estados Unidos e a China nos próximos meses.
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