O relatório anual da Câmara de Comércio da União Europeia na China destacou hoje as dificuldades do país asiático em reter e atrair talentos estrangeiros, o que poderá ter "implicações para o seu desenvolvimento económico".
O relatório, apresentado pelo presidente do grupo empresarial, Jens Eskelund, destacou as dificuldades em recrutar funcionários estrangeiros, após o êxodo registado durante os anos da pandemia da Covid-19.
Esta situação suscitou preocupações entre os empresários europeus sobre a retenção de talentos internacionais no país asiático.
A população estrangeira na China é "baixa" e "diminuiu em algumas cidades importantes", colocando desafios à manutenção de um fluxo constante de experiência e competências internacionais.
O relatório também mencionou aspetos positivos, como a extensão de benefícios fiscais para funcionários estrangeiros, o que é apontado como um passo na direção certa para atrair talentos internacionais.
Mas a publicação enfatizou a necessidade de melhorar infraestruturas, incluindo nas áreas do ensino e saúde, para tornar a China um destino mais atraente para profissionais estrangeiros e as suas famílias.
Eskelund manifestou preocupação com a falta de clareza na relação entre a China e as empresas estrangeiras, bem como com as barreiras específicas que as empresas europeias enfrentam no mercado chinês.
Este afirmou que a UE apresentou mais de 1.000 recomendações ao governo chinês para melhorar o acesso ao mercado e encorajar maior interesse no mercado chinês.
Para o grupo empresarial europeu, atrair e reter talento internacional é essencial para o crescimento económico sustentável da China.
As preocupações expressas no relatório sublinham a importância de enfrentar estes desafios para manter uma força de trabalho diversificada e altamente qualificada.
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