"O presidente vai receber o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, no Palácio Constantine, em São Petersburgo", anunciou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em conferência de imprensa.
Wang Yi reuniu-se na segunda-feira com o homólogo russo, Sergei Lavrov. A diplomacia russa elogiou, no final da reunião, as posições "semelhantes" partilhadas com Pequim sobre os Estados Unidos e o conflito na Ucrânia.
Os líderes da China e Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, respetivamente, declararam, nas vésperas da invasão da China, iniciada em fevereiro de 2022, uma amizade "sem limites" entre os dois países. Pequim bloqueou os esforços para condenar Moscovo nas Nações Unidas e repetiu as justificações russas para o ataque.
A China considera a parceria com o país vizinho fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos.
No mês passado, o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, visitou a Rússia e a Bielorrússia e apelou a uma cooperação militar mais estreita entre Pequim e Moscovo. Nos últimos meses, os dois países realizaram patrulhas marítimas e aéreas conjuntas.
Em março passado, Xi fez uma visita de Estado à Rússia. Putin vai também deslocar-se à China em outubro.
A China tem procurado posicionar-se como parte neutra na guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo que oferece à Rússia, cada vez mais isolada na cena internacional, um apoio diplomático e financeiro crucial.
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