Segundo o PAM, a estação das chuvas está a tornar a vida das pessoas deslocadas no leste daquele país africano ainda mais insuportável.
Além disso, estima que 3,6 milhões de pessoas necessitam da sua assistência em Ituri, Kivu do Norte e Kivu do Sul, as três províncias congolesas mais afetadas pela violência armada durante várias décadas.
"As condições de vida das pessoas alojadas nos campos, que fugiram dos conflitos (...), tornaram-se desastrosas com a chegada da estação das chuvas", escreve o PAM num comunicado de imprensa divulgado em Kinshasa, capital do país.
"As famílias abrigam-se sob capas de lona sustentadas por finos galhos de madeira", explica o texto, que descreve "condições inabitáveis".
Além de "agravar a insegurança alimentar, as más condições de higiene agravam a crise sanitária", continua, lembrando que "a cólera é galopante nos campos" de deslocados.
"Devido à má qualidade das infraestruturas rodoviárias, as fortes chuvas estão a dificultar as entregas de alimentos", indica ainda a agência da ONU.
A estas dificuldades, sublinha, juntam-se "a insegurança causada pelos grupos armados (...), que afeta o acesso às principais rotas de abastecimento".
O PAM afirma ter "fortalecido as suas capacidades" nos últimos meses, mas diz que lhe "faltam recursos", especialmente para ajudar as "comunidades de acolhimento" dos deslocados.
Segundo aquela agência da ONU, "são urgentemente necessários 629,7 milhões de dólares para manter e aumentar a ajuda vital" nas províncias de Ituri, Kivu Norte e Kivu Sul.
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