Médio Oriente não terá paz sem solução de dois estados, diz Mahmoud Abbas

O Presidente palestiniano Mahmoud Abbas alertou hoje, na Assembleia Geral das Nações Unidas, que não haverá paz no Médio Oriente sem ter em consideração os "direitos legítimos" da Palestinas, da implementação de uma solução de dois estados.

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Lusa
21/09/2023 23:59 ‧ 21/09/2023 por Lusa

Mundo

Mahmoud Abbas

"Aqueles que pensam que a paz pode prevalecer no Médio Oriente sem que o povo palestiniano desfrute de todos os seus direitos nacionais legítimos estão enganados", frisou Abbas, no início do seu discurso com uma retórica contra Israel.

O líder da Autoridade Palestiniana fez este aviso na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, um dia depois das declarações dos líderes israelitas, sauditas, norte-americanos e iranianos sobre a reaproximação em curso entre Riade e o Estado judeu.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apontou ao Presidente dos EUA Joe Biden, esta quarta-feira, que espera um "acordo de paz histórico" entre o seu país e a Arábia Saudita.

Ao mesmo tempo, o príncipe saudita Mohammed bin Salman declarou, na estação Fox News que esta normalização histórica estava "a aproximar-se a cada dia".

No entanto, sublinhou que "a questão palestiniana é muito importante" para a monarquia sunita.

Esta reaproximação não agrada ao Irão, eterno inimigo de Israel e dos Estados Unidos e rival da Arábia Saudita.

O Presidente Ebrahim Raïssi, também presente em Nova Iorque, alertou que a normalização israelo-saudita seria "uma facada no costas dos palestinianos".

A República Islâmica Xiita também se aproximou de Riade desde a primavera, sob a surpreendente égide da China.

Os Estados Unidos, que se retiraram gradualmente do Médio Oriente desde a presidência de Barack Obama (2009-2017), acreditam que as reconciliações entre potências regionais teriam um "efeito poderoso na estabilização e na integração da região", de acordo com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

Washington, há muito um mediador no conflito israelo-palestiniano, abandonou qualquer tentativa de juntar o Estado judeu e os palestinianos de volta à mesa de negociações.

Abbas, de 87 anos, e Presidente palestiniano há 18 anos, apelou às Nações Unidas para uma conferência internacional que seja "a última oportunidade para salvar a solução de dois Estados (israelita e palestiniano)" e evitar "que a situação se deteriore ainda mais".

Este ano, cerca de 190 palestinianos foram mortos por tiros israelitas. Cerca de metade estavam ligados a grupos militantes, mas também foram mortos jovens que atiravam pedras em protesto contra incursões militares e pessoas não envolvidas nos confrontos.

Por outro lado, mais de 30 pessoas foram mortas em ataques palestinianos contra israelitas.

Leia Também: Abbas destitui 12 governadores regionais da Cisjordânia e da Faixa de Gaza

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