"A fase de terror energético já começou", disse Chmygal num fórum económico, citado pela agência de notícias Interfax-Ucrânia.
"Vemos isso através da destruição" de infraestruturas energéticas e "dos primeiros ataques" contra postes elétricos "nas últimas duas semanas", acrescentou.
A Rússia atacou, no outono e inverno do ano passado, várias infraestruturas energéticas de cidades da Ucrânia, deixando milhares de pessoas sem luz e, sobretudo, sem aquecimento.
Durante o inverno, os residentes na capital do país, Kyiv, tinham apenas quatro horas por dia de eletricidade, tendo as autoridades instalado tendas pela cidade, onde s habitantes podiam aquecer-se, aquecer comida ou recarregar os telemóveis.
Em Bakhmut, a população esteve vários meses sem energia e sem combustível, tendo o Governo distribuído salamandras a lenha às famílias, enquanto em Kherson, milhões de pessoas sem eletricidade e sujeitas a bombardeamentos diários, fugiram para outras regiões.
O chefe do Governo ucraniano sublinhou, no entanto, que a Ucrânia está agora mais bem preparada do que no inverno passado.
"Estamos muito mais bem preparados e mais fortes do que estávamos no ano passado", em particular devido aos fornecimentos de sistemas de defesa aérea ocidentais, sublinhou.
"O Inverno será certamente difícil, provavelmente não mais fácil do que o anterior", mas "sabemos o que o inimigo está a preparar e que desafios temos pela frente", acrescentou Chmygal.
A Rússia bombardeia cidades ucranianas quase todas as noites usando mísseis 'kamikaze' e drones.
Na quinta-feira, uma nova série de mais de 40 mísseis de cruzeiro matou três pessoas em Kherson e feriu sete em Kyiv.
Embora a maioria dos projéteis tenha sido derrubada, alguns atingiram infraestruturas civis, segundo as autoridades ucranianas.
Pela primeira vez em seis meses, instalações de energia no oeste e no centro do país foram danificadas por ataques russos, causando cortes de energia em diversas regiões, anunciou hoje o fornecedor ucraniano Ukrenergo.
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