"A comunidade internacional deve fazer todos os esforços para enviar imediatamente uma missão da ONU para verificar e avaliar os direitos humanos e a situação humanitária e de segurança no terreno", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros arménio, Ararat Mirzoyan, na Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.
O Azerbaijão lançou uma operação no início da semana nesta região separatista habitada principalmente por arménios, obtendo uma vitória relâmpago. Os separatistas arménios concordaram em entregar as armas na sexta-feira.
Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, Jeyhun Bayramov, prometeu, também na Assembleia-Geral da ONU, tratar a maioria arménia na região como "cidadãos iguais".
Porém, a Arménia receia uma "limpeza ética" e considera que a ofensiva lançada pelo Azerbaijão "não foi acidental".
"Infelizmente, não temos um parceiro para a paz, mas sim um país que declara abertamente que 'a razão está do lado dos fortes' e que usa constantemente a força para perturbar o processo de paz", acrescentou o chefe da diplomacia da Arménia.
Nagorno-Karabakh foi anexado ao Azerbaijão em 1921 pelo poder soviético, mas é habitado sobretudo por arménios.
Este enclave montanhoso foi no passado palco de duas guerras entre as antigas repúblicas soviéticas do Azerbaijão e da Arménia: uma de 1988 a 1994 (30.000 mortes) e outra no outono de 2020 (6.500 mortes).
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