Delegação saudita realiza deslocação "histórica" à Cisjordânia ocupada

Uma delegação da Arábia Saudita chegou hoje à Cisjordânia ocupada por Israel para uma visita em que o embaixador saudita na Jordânia e não residente na Palestina vai apresentar credenciais às autoridades palestinianas.

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© Getty Images

Lusa
26/09/2023 11:29 ‧ 26/09/2023 por Lusa

Mundo

Cisjordânia

A deslocação do diplomata saudita, Nayef al Sudairi, ocorre numa altura em que Riade mantém conversações com Israel no sentido de uma eventual normalização de relações diplomáticas. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano assinalou hoje, através da conta na rede social X, que a visita "é um momento histórico para o desenvolvimento das relações fraternais".

O secretário do Comité Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Husein al Sheij, disse numa mensagem divulgada nas redes sociais que Al Sudairi vai "apresentar nos próximos dias as credenciais ao Presidente Mahmud Abbas". 

Al Sudairi foi nomeado em agosto embaixador na Palestina e cônsul em Jerusalém, uma iniciativa que foi aplaudida pela Autoridade Palestiniana. 

A visita a Ramallah é a primeira de um alto cargo saudita aos territórios palestinianos ocupados por Israel desde 1967.

Sobre a normalização das relações com Israel, o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, disse na semana passada que "parece que, pela primeira vez, o processo de conversações é sério", acrescentando que "está cada dia mais perto".

Mesmo assim, Riade exigiu como medida prévia um acordo sobre o conflito entre israelitas e palestinianos.  

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o Executivo israelita está prestes a "firmar um acordo histórico" com a Arábia Saudita. 

Eli Cohen, o chefe da diplomacia do governo de coligação de direita de Israel indicou que o acordo "pode vir a materializar-se no princípio de 2024".  

Até ao momento, as autoridades sauditas têm recusado normalizar as relações com Israel se não existir previamente um acordo entre israelitas e palestinianos que inclua a criação de um Estado da Palestina nas fronteiras de 1967, e com capital em Jerusalém Oriental. 

Leia Também: Dois palestinianos mortos por disparos israelitas na Cisjordânia

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