"O Azerbaijão tem a responsabilidade de garantir os direitos e a segurança dos arménios de [Nagorno-]Karabakh, incluindo o direito de viverem nas suas casas com dignidade, sem intimidação e discriminação, bem como o direito de regresso dos deslocados", segundo um comunicado do serviço diplomático da UE.
Para o bloco europeu, é ainda "essencial que uma missão da ONU possa aceder ao território nos próximos dias".
Por outro lado, a UE adiantou ter "tomado nota" do anúncio do lançamento, pelas autoridades azeris, "de um processo de registo dos residentes arménios através de um portal específico" e sublinha que continuará a acompanhar a evolução da situação no terreno.
Cerca de 85 mil habitantes de Nagorno-Karabakh abandonaram as suas casas nesta última semana, o que representa mais de 70% da população que anteriormente habitava este território separatista pertencente ao Azerbaijão, mas de maioria arménia.
O Azerbaijão desencadeou em 19 de setembro operação militar de 24 horas neste território azeri de população maioritariamente arménia, que os separatistas disserem ter causado duas centenas de mortos e mais de quatro centenas de feridos.
O enclave do Nagorno-Karabakh, com maioria de população arménia cristã ortodoxa, declarou a independência do Azerbaijão muçulmano após uma guerra no início da década de 1990 que provocou cerca de 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados.
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