Putin coloca líder de Grupo Wagner a comandar "unidades voluntárias"
O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que um dos principais comandantes do grupo de mercenários Wagner assuma o comando das "unidades voluntárias" que lutam na Ucrânia, revelou hoje o gabinete presidencial.
© Reuters
Mundo Ucrânia
De acordo com o Kremlin, durante uma reunião em Moscovo, na quinta-feira, Putin disse a Andrei Troshev -- sucessor na liderança do grupo de Yevgeny Prigozhin, que morreu numa queda de avião - que a sua tarefa é "lidar com a formação de unidades voluntárias que possam realizar várias tarefas de combate, principalmente na zona da operação militar especial", referindo-se à guerra da Ucrânia.
Os combatentes do grupo Wagner não tiveram nenhum papel significativo no campo de batalha desde que a companhia mercenária se retirou, depois de capturar a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, na batalha mais longa e sangrenta da guerra.
Após o motim abortado do grupo Wagner, semanas depois, aumentaram as especulações sobre o futuro destes mercenários que foram uma das unidades mais eficazes na guerra na Ucrânia, com vários observadores a antecipar que a companhia fosse integrada no Ministério da Defesa.
O vice-ministro da Defesa, Yunus-Bek Yevkurov, também esteve presente na reunião na noite de quinta-feira, um sinal de que os mercenários Wagner provavelmente servirão sob o comando do Ministério da Defesa.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que Troshev agora trabalha para o Ministério da Defesa.
A reunião desta semana parece refletir o plano do Kremlin de realocar alguns mercenários Wagner para a linha da frente na Ucrânia, após o seu fracassado motim de junho e a seguir às mortes suspeitas de Prigozhin e de outros líderes num acidente de avião a 23 de agosto.
Troshev é um oficial militar reformado que desempenhou um papel de liderança no grupo Wagner desde a sua criação, em 2014, e enfrentou sanções da União Europeia pelo seu papel na Síria como diretor executivo do grupo.
Hoje, o Ministério da Defesa do Reino Unido informou que centenas de ex-soldados do grupo Wagner provavelmente começaram a ser redistribuídos por várias frentes de batalha na Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: AO MINUTO: Portugal condena "eleições ilegais"; Rússia culpa Zelensky
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com