"Vamos ter um aeroporto internacional. Precisamos de ligar Santo Antão ao mundo, mas isso não significa promover o turismo de massas", referiu o líder do Governo, na abertura da primeira Conferência Internacional de Turismo Rural e de Natureza, realizada hoje, naquela ilha.
"O tipo de oferta hoteleira terá de ser compatível com o turismo de natureza que deve ser salvaguardado e preservado", realçou.
O aeroporto de Santo Antão foi um dos projetos apresentados na segunda Conferência Internacional de Parceiros (CIP) de Cabo Verde, em abril, destinada a captar investimento para o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável 2022-2026 (PEDS) II.
O primeiro-ministro referiu hoje que o objetivo de Cabo Verde passa por ser uma marca turística associada "à resiliência e sustentabilidade" e destacou outros investimentos em curso.
"O programa de valorização turística e ambiental das aldeias rurais é exemplo de uma abordagem integrada que está em execução", frisou.
Pretende-se tornar "vilas, cidades e aldeias em espaços atrativos, com investimento em todas as ilhas".
"Todos estes investimentos combinam com a necessidade de criar condições de envolvência para termos um turismo bem acolhedor e atrativo", com "objetivos e metas ambiciosas", referiu.
O evento de hoje permitiu a troca de ideias entre especialistas do setor, tendo como pano de fundo a ambição de Cabo Verde de "transformar o turismo de natureza no principal acelerador da diversificação e qualificação da oferta turística ".
Entre outros nichos, o país pretende posicionar-se "como um destino internacional de turismo de caminhadas", prevendo-se que até final do ano o país tenha "mais de 1.000 quilómetros de trilhos mapeados e sinalizados".
O turismo é responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde e a maioria dos turistas concentra-se atualmente em redor das praias e unidades hoteleiras multinacionais construídas na ilha do Sal.
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