A polícia de Nova Iorque montou um grande dispositivo de segurança prevendo possíveis protestos contra e a favor de Trump, e até possíveis confrontos, mas a adesão foi baixa do lado dos opositores e praticamente nula por parte dos apoiantes.
À porta do tribunal fizeram-se ouvir sobretudo dezenas de manifestantes anti-Trump, para dizer que "ninguém está acima da lei" e que o "tempo acabou" para o ex-presidente norte-americano.
Quando faltava cerca de uma hora para Trump comparecer em tribunal na baixa de Manhattan, num pequeno protesto silencioso dezenas de cartazes eram erguidos dizendo "o tempo acabou, Trump", "Trump é um chefe do crime" ou "Trump é um vigarista", além de caricaturas do magnata atrás das grades.
Donald Trump compareceu hoje em tribunal num processo que poderá custar-lhe o controlo do edifício Trump Tower e de outras propriedades valiosas, prometendo defender a sua reputação.
Trump - que construiu a sua carreira política com base na fama de um empresário imobiliário de sucesso e mestre na arte de negociar -- compareceu voluntariamente em tribunal para um julgamento em que é acusado pela procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, de enganar bancos, seguradoras e outras organizações, mentindo sobre a sua riqueza para obter ganhos financeiros.
O juiz Arthur Engoron já decidiu que Trump cometeu fraude nos seus negócios e terá agora de se pronunciar sobre outras seis acusações, de falsificação de dados económicos.
Letitia James, uma procuradora que apoia o Partido Democrata, pede 250 milhões de dólares (cerca de 230 milhões de euros) em multas e a proibição de Trump fazer negócios em Nova Iorque.
A decisão do juiz de condenação por fraude em negócios, tomada na semana passada, se for mantida em recurso, poderá forçar Trump a desistir de propriedades em Nova Iorque, incluindo a Trump Tower, um edifício de escritórios em Wall Street, campos de golfe e uma propriedade suburbana.
Trump -- que é neste momento o candidato favorito nas primárias Republicanas para as eleições presidenciais de 2024 - negou qualquer irregularidade e argumenta que a procuradora e o juiz estão a subvalorizar ativos como a sua residência em Mar-a-Lago, na Florida, dizendo que este processo é uma "farsa total".
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