O Ministério da Defesa turco adiantou, em comunicado, que os ataques aéreos atingiram 16 alvos, incluindo cavernas, abrigos e depósitos, usados pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado uma organização terrorista por Ancara e pela União Europeia.
Ancara destacou que a operação visava proteger as fronteiras da Turquia e prevenir ataques terroristas.
Foi a segunda operação aérea transfronteiriça da Turquia contra alvos do PKK no norte do Iraque desde o ataque em Ancara, no domingo.
Já a polícia realizou operações em várias províncias turcas, detendo perto de 1.000 pessoas, incluindo dezenas com alegadas ligações a militantes curdos.
O ministro do Interior, Ali Yerlikaya, frisou que 55 pessoas suspeitas de fazerem parte da "estrutura de inteligência" do PKK foram detidas em 16 províncias.
Pelo menos 12 outros alegados membros do PKK foram detidos numa operação separada em cinco províncias, destacou Yerlikaya na rede social X (antigo Twitter).
O ministro do Interior referiu, mais tarde, que mais 928 pessoas suspeitas de posse de armas de fogo não licenciadas ou de estarem ligadas ao contrabando de armas foram detidos durante a operação, mas não clarificou se os detidos por armas de fogo ilegais eram suspeitos de ligações ao PKK.
Ali Yerlikaya acrescentou que mais de 840 armas de fogo foram confiscadas durante a operação.
Uma apresentadora de notícias de 73 anos, Aysenur Arslan, também foi hoje detida brevemente, depois de questionar detalhes do relato oficial do ataque à emissora de oposição Halk TV, acusada de "propaganda terrorista" e de "elogio à atividade criminosa".
A liberdade dos meios de comunicação social na Turquia diminuiu durante o mandato do Presidente Recep Tayyip Erdogan, segundo observadores internacionais.
O PKK assumiu a responsabilidade pelo ataque suicida, segundo um 'site' de notícias próximo ao grupo que liderou uma insurgência de décadas na Turquia.
No atentado morreram os dois atacantes que provocaram a morte a dois polícias.
De acordo com as autoridades turcas, um dos atacantes morreu ao detonar um explosivo que transportava consigo e o outro foi abatido pelas forças de segurança.
O automóvel que foi utilizado no atentado tinha sido roubado na província de Kayseri a um veterinário que morreu na sequência de disparos de uma arma de fogo.
A ala militar do
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(Centro de Defesa do Povo) reivindicou, poucas horas depois a autoria do atentado.