Mundo "está mais pequeno" para Putin após Arménia ratificar adesão ao TPI

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, realçou esta terça-feira que o "mundo está a ficar mais pequeno" para o presidente russo Vladimir Putin, depois de a Arménia ter ratificado a adesão ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

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© Reuters/Yves Herman

Lusa
03/10/2023 23:34 ‧ 03/10/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

A ex-republica soviética ratificou esta terça-feira o Estatuto de Roma do TPI e juntou-se aos países que podem deter o líder do Kremlin.

"O mundo está a ficar mais pequeno para o autocrata do Kremlin", frisou Von der Leyen, numa referência a Putin, através de uma mensagem na rede social X (antigo Twitter).

O tribunal, com sede em Haia, nos Países Baixos, emitiu um mandado de detenção internacional contra o líder russo em março passado, considerando-o responsável pela prática de crimes de guerra pela deportação ilegal de crianças da Ucrânia para a Rússia.

O Kremlin considerou hoje um erro a decisão da Arménia, aliada histórica de Moscovo, de ratificar a adesão ao TPI.

"Duvidamos que a adesão da Arménia ao Estatuto de Roma seja correta do ponto de vista das relações bilaterais. Continuamos a acreditar que esta é uma decisão errada", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, aos jornalistas.

As relações entre a Arménia e a Rússia atravessam um período de tensão, com Erevan a acusar Moscovo de a ter abandonado os arménios de Nagorno-Karabakh durante a operação militar do Azerbaijão, há quase duas semanas, algo que o Kremlin nega.

Nos últimos meses, o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, aproximou-se do Ocidente, esperando ajuda, organizando até exercícios militares com os Estados Unidos.

O Governo separatista do Nagorno-Karabakh anunciou na quinta-feira que se vai dissolver e que a república não reconhecida vai deixar de existir até 01 de janeiro de 2024.

O anúncio foi feito depois de o Azerbaijão ter levado a cabo uma ofensiva militar para recuperar o controlo total da região separatista e ter exigido que as tropas arménias em Nagorno-Karabakh depusessem as armas e o governo separatista fosse desmantelado.

Azerbaijão e Arménia enfrentaram-se em duas guerras, no início dos anos 1990 e em 2020, pelo controlo do enclave de Nagorno-Karabakh, uma região montanhosa cuja população é maioritariamente arménia e que se separou do Azerbaijão há mais de 30 anos.

No final da curta guerra em que, no outono de 2020, o Azerbaijão recuperou territórios dessa região separatista, Baku e Erevan concluíram um cessar-fogo promovido pela Rússia.

As tensões intensificaram-se este ano, quando Baku anunciou, em 23 de abril, ter instalado um primeiro posto de controlo rodoviário à entrada do corredor de Latchin, único eixo que liga a Arménia ao enclave separatista, já submetido a um embargo que causou escassez de bens de primeira necessidade e cortes de energia elétrica.

Leia Também: Kremlin critica Arménia por ratificar adesão ao TPI

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