Divisas? Putin acusa Ocidente de liderar uma "pirâmide financeira"

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou hoje os países do ocidente que controlam as divisas globais dirigirem uma "pirâmide financeira" contrária aos interesses da maioria da humanidade.

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Lusa
04/10/2023 17:06 ‧ 04/10/2023 por Lusa

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"Apesar de todas as atuais dificuldades no âmbito internacional, espero efetivamente que alcancemos algum consenso. Não nos limitemos apenas aos países que lideram, digamos, esta pirâmide financeira", indicou no decurso da III Olimpíada Internacional de Segurança Financeira.

Putin considerou este comportamento "compreensível" por se tratar de divisas desses países, numa referência indireta aos Estados Unidos e ao dólar, que ainda predominam no comércio internacional, mas acrescentou que essa situação "não corresponde aos interesses atuais da imensa maioria da humanidade".

O chefe de Estado russo sublinhou que o volume de pagamentos entre diferentes Estados está a aumentar em moedas nacionais.

O chefe do Kremlin também considerou que o mundo está a afastar-se gradualmente "da ditadura dos países individuais que tentam impor aos restantes a sua escravatura económica".

"O mundo está a afastar-se gradualmente da ditadura desse modelo financeiro e económico cujo único objetivo consiste em endividar-se, submeter, converter-se em colónias económicas e privar regiões inteiras do mundo de recursos para o desenvolvimento", disse.

Putin considerou que poucas pessoas pretendem um futuro gerido por estas regras.

"Assim, o processo de construção de uma ordem mundial multipolar, mais democrática, honesta e justa para a maioria da humanidade é simplesmente inevitável, historicamente necessário", sublinhou.

O Presidente russo também explicou que as tecnologias modernas oferecem novas oportunidades para a comunidade empresarial, e permitem ao Estado criar e apoiar instituições públicas e financeiras que reflitam a nova realidade de um mundo multipolar e desenvolver sistemas de pagamento internacionais mais convenientes e seguros.

Leia Também: Adesão à UE "foi uma das razões" para a invasão russa, diz José Milhazes

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