"Apelamos a todas as partes para que atuem de forma razoável e se abstenham de agir impulsivamente, o que aumentaria as tensões", disse o líder turco.
Pelo seu lado, Moscovo pediu "contenção" após os ataques, disse vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela agência Interfax.
"Estamos em contacto com todos agora. Com os israelitas, os palestinianos e os árabes", disse Mikhail Bogdanov, que também é o enviado do Kremlin para o Médio Oriente e África.
Hoje de manhã, pelas 06:30, o grupo islâmico Hamas lançou um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", e que incluiu o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Pelo seu lado, Israel bombardeou pelo ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, no início da sua operação "Espadas de Ferro", em resposta ao ataque surpresa palestiniano.
O primeiro-ministro israelita declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, na sua primeira intervenção pública após o múltiplo ataque deste grupo palestiniano, considerado um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
"Estamos em guerra e vamos vencê-la", sublinhou Benjamin Netanyahu.
O primeiro-ministro israelita acrescentou que ordenou, "em primeiro lugar, que os militares limpassem as cidades onde se infiltraram militantes do Hamas, onde decorriam tiroteios com soldados israelitas.
Anteriormente, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, condenou firmemente o ataque que o grupo islâmico Hamas lançou contra Israel a partir da Faixa de Gaza, durante a madrugada.
Gomes Cravinho considerou que estes ataques "nada resolverão", contribuindo "apenas para piorar a situação na região".
A União Europeia também condenou "inequivocamente" os ataques do Hamas e expressou a sua "solidariedade para com Israel", declarou hoje o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
A França condenou com toda a firmeza os ataques terroristas contra Israel, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, condenou "veementemente os ataques terroristas" e demonstrou "toda a sua solidariedade" para com Israel, e o Governo italiano considerou que Israel tem o direito de se defender do "ataque brutal".
As milícias de Gaza continuam a lançar foguetes e as sirenes de ataque aéreo não pararam de soar durante toda a manhã nas cidades do sul e centro de Israel, incluindo Telavive e Jerusalém.
Segundo fontes oficiais israelitas e palestinianas, pelo menos 22 pessoas morreram em Israel pelo ataque do Hamas desde a Faixa de Gaza, enquanto quatro palestinianos morreram em Gaza.
Em Jerusalém, os civis deixaram as ruas desertas, muitos deles abrigaram-se em "bunkers", enquanto numerosas tropas patrulham e inspecionam minuciosamente as ruas, parques e estacionamentos de centros comerciais.
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