"Os nossos parceiros palestinianos estão a trabalhar dia e noite para fazer face ao afluxo de feridos. Após o atentado bombista de hoje [segunda-feira] no campo de refugiados de Al Jabalia, a nossa equipa tratou mais de 50 pessoas no hospital de Al Awda", apontou Kannes, citado num comunicado desta organização não-governamental (ONG).
O coordenador da associação humanitária em Gaza explicou que recebeu informação das suas equipas no terreno do hospital Al Awda "de que chegaram esta tarde 50 pacientes, cinco deles já falecidos".
"Os outros conseguiram ser estabilizados pela nossa equipa e tiveram alta hospitalar na esperança de encontrar um local seguro no norte da Faixa de Gaza", acrescentou, sublinhando que os relatos apontam que "os ataques continuam na cidade de Gaza".
Kannes relatou também que muitos dos seus colegas palestinianos deixaram as suas casas "com medo de serem atacados", enquanto "alguns destes relataram a destruição total do prédio em que viviam".
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava pelo menos 560 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza -- incluindo dezenas de menores e mulheres -- o que elevava para mais de 1.250 o total de mortes nos dois lados na sequência dos confrontos armados iniciados no sábado.
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