Ataque a escola? "Barbárie do terrorismo islâmico", acusou Macron
O presidente francês visitou a escola secundárias de Arras, onde um ataque com uma faca matou um professor e feriu outras duas pessoas.
© Reuters
Mundo França
O presidente francês, Emmanuel Macron, descreveu o ataque com uma faca numa escola no norte do país, ocorrido esta sexta-feira, como uma "barbárie do terrorismo islâmico". O incidente vitimou mortalmente um professor e feriu outras duas pessoas.
"Estou neste estabelecimento de ensino que foi atingido pela barbárie do terrorismo islâmico. Dois feridos estão em situação gravíssima e lutam contra a morte", disse o presidente francês, citado pelo jornal Le Figaro, durante uma visita à escola secundária de Arras.
"Quero pensar neste professor que foi assassinado de forma brutal e covarde", acrescentou.
O ataque aconteceu quase três anos após a morte do também professor Samuel Paty, que foi assassinado nas proximidades da escola onde lecionava, na região de Paris, cerca de dez dias depois de ter mostrado caricaturas de Maomé para seus alunos durante uma aula sobre liberdade de expressão. O agressor de 18 anos, um refugiado russo de origem chechena, foi morto pela polícia.
"Quase três anos depois da morte de Samuel Paty, é numa escola que o terrorismo ainda ataca num contexto que todos conhecemos. [...] O próprio professor morto interveio, o colega ferido e os funcionários gravemente feridos tiveram a mesma coragem. Sem dúvida salvaram muitas vidas, quero prestar-lhes uma homenagem", acrescentou Macron, felicitando também "a capacidade de resposta dos serviços de segurança interna, justiça e saúde".
"A polícia conseguiu intervir quatro minutos após a ligação. É graças à rapidez da sua ação que conseguimos evitar um número de mortos ainda mais grave", frisou.
"Estamos unidos e permaneceremos unidos. Faremos a escolha de não ceder ao terror, de não permitir que nada nos divida", acrescentou.
Emmanuel Macron indicou ainda que houve hoje uma outra "tentativa de ataque", noutra região do país, que foi frustrada graças a uma intervenção das forças policiais.
O agressor, que já foi detido pela polícia, identificado como Mohammed Mogouchkov, com cerca de 20 anos, é de origem chechena, com nacionalidade russa, tendo chegado a França em 2008, segundo fontes policiais.
O homem - que tinha sido já sinalizado pelas autoridades pelo potencial perigo que representava para a segurança do Estado - estava sob vigilância dos serviços de informações franceses (DGSI).
O irmão do atacante, de 17 anos, também foi detido pelas autoridades de segurança francesas.
A procuradoria nacional antiterrorismo anunciou que abriu uma investigação sobre este caso.
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