"Todos no mundo muçulmano têm o dever de apoiar o povo palestiniano. Com a graça de Deus, o movimento que começou na Palestina avançará e resultará na vitória completa dos palestinianos", disse Khamenei, na rede social X (antigo Twitter).
Num encontro com o líder do Movimento Islâmico da Nigéria (IMN), Ibrahim El Zakzaky, de visita ao Irão e que passou anos preso nas cadeias nigerianas, o líder religioso iraniano garantiu que a Palestina e Gaza são "um exemplo da força do Islão".
Na terça-feira, Khamenei afirmou que os palestinianos estão orgulhosos do ataque surpresa contra Israel e, paralelamente, negou qualquer envolvimento do Irão no conflito.
"Beijamos a testa e as mãos dos líderes inteligentes e qualificados que organizaram esta operação e a juventude palestiniana. Estamos orgulhosos deles", disse o ayatollah Khamenei.
O Irão e Israel têm mantido uma rivalidade que representa uma ameaça existencial mútua, uma vez que competem pela hegemonia regional e mantêm uma guerra secreta com ataques cibernéticos, assassínios e atos de sabotagens.
O Irão lidera o chamado Eixo da Resistência, uma espécie de aliança informal composta pela Síria, pelo grupo xiita libanês Hezbollah, por fações palestinianas, por milícias iraquianas e pelos rebeldes Houthi do Iémen, entre outros.
Hoje, Teerão avisou Israel que os membros do 'Eixo da Resistência' têm os "dedos no gatilho prontos para disparar" se os crimes israelitas em Gaza continuarem.
"Os líderes da resistência na região estão extremamente unidos, consideram todos os cenários, estão preparados e têm os dedos no gatilho prontos para disparar", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdolahian, numa visita a Beirute.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
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