"Com a reunião de hoje queríamos informar os ministros envolvidos e os departamentos relevantes sobre o plano de resposta nacional, bem como discutir as crises que podem ocorrer se os acontecimentos se desenrolarem no sul", realçou o primeiro-ministro, Najib Mikati, que presidiu a reunião.
O dirigente garantiu que se trata de tomar todas as medidas necessárias "por precaução" e que não se pretende semear o terror entre a população.
Já o ministro do Ambiente, Nasser Yassin, indicou que cada ministério e departamento apresentou os seus planos para tempos de crise com o objetivo de aumentar o nível de preparação "em caso de qualquer agressão do inimigo israelita", sublinhou a presidência do Conselho de Ministros, em comunicado.
As instruções de cada um dos governantes foram relativas a "abrigos, emergências sanitárias e ambulâncias, estradas, pontes, instalações marítimas, aeroporto internacional Rafic Hariri, comunicações, segurança alimentar, manutenção de segurança e assuntos ligados a planos de emergência".
Segundo Yassin, os participantes concordaram que a coordenação de tudo isto será feita através da presidência do Conselho de Ministros e da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres e Crises, envolvendo as autoridades do país aos níveis local, municipal e regional.
"As organizações internacionais e entidades humanitárias serão convidadas para uma reunião liderada por Mikati na manhã da próxima quinta-feira, no Palácio, para coordenar esforços, aumentar a preparação e trabalhar para estabelecer mecanismos de coordenação", acrescentou o ministro.
Desde 08 de outubro que o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel têm estado envolvidos numa série de ataques cruzados nas zonas fronteiriças entre ambos os países, onde também têm havido algumas ações reivindicadas por fações palestinianas presentes em território libanês.
Pelo menos 21 pessoas foram mortas até agora no lado libanês durante a violência, incluindo sete civis.
Mais de 1.400 pessoas morreram em Israel em consequência do ataque em várias frentes lançado pelo movimento islamita palestiniano Hamas a partir da Faixa de Gaza a 07 de outubro, a maioria das quais civis no próprio dia do ataque, o mais mortífero desde a criação do Estado de Israel, em 1948.
O movimento islamita capturou também 200 pessoas, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas. Outras milícias capturaram mais 50 pessoas, o que perfaz um total de 250 reféns.
Os bombardeamentos da retaliação israelita sobre a Faixa de Gaza fizeram 3.000 mortos, na maioria civis palestinianos, segundo as autoridades locais.
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