Os dois turistas mortos num ataque atribuído às Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo rebelde ugandês baseado na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), num parque nacional no sudoeste do Uganda, eram recém-casados em lua-de-mel.
"Foi um ato cobarde por parte dos terroristas que atacaram civis inocentes e que levou ao fim trágico para o casal que era recém-casado e que visitava o Uganda em lua-de-mel. É claro que estes terroristas pagarão com as suas próprias vidas miseráveis", referiu o presidente do Uganda, Yoweri Museveni, citado pelo The Independent.
O casal, uma mulher sul-africana e um homem britânico, foram atacados, na terça-feira, enquanto viajavam num veículo com um guia ugandês, no Parque Nacional Rainha Elizabeth. "Os turistas e o seu motorista tinham saído para um safari de barco à tarde e estavam a caminho do hotel quando os atacantes os intercetaram por volta das 18h30 locais", disse à EFE, na terça-feira, um guia turístico da zona, que pediu para não ser identificado.
"Matar estes indivíduos miseráveis não trará de volta a vida destes maravilhosos amigos do Uganda que escolheram o nosso país para a sua lua-de-mel entre os 193 países do mundo", acrescentou ainda o presidente do país.
Segundo Yoweri, "o Alto Comissariado no Reino Unido irá contactar as famílias e fornecer todo o apoio necessário nesta situação trágica".
O ataque ocorreu dois dias depois de o Presidente ter dito que as forças de segurança tinham impedido ataques a igrejas atribuídos às ADF.
Yoweri salientou ainda que o exército ugandês efetuou ataques aéreos contra as ADF no sábado em quatro localidades democrático-congolesas perto da fronteira entre os dois países.
Não foi a primeira vez que o Uganda levou a cabo ações militares contra a ameaça terrorista. Em novembro de 2021, registaram-se vários atentados no país, com bombistas suicidas a fazerem explodir bombas no centro da capital, Kampala, num bar popular e no interior de um autocarro, causando pelo menos oito mortos (incluindo os atacantes).
As autoridades também atribuíram estes ataques às ADF.
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