O ministério tinha comunicado inicialmente a morte de três palestinianos, dois dos quais menores de idade: um no campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarem, outro no campo de Deeisha, em Belém, e o terceiro numa aldeia perto de Ramallah.
Pouco depois, com a continuação dos confrontos em Nur Shams, onde as forças israelitas iniciaram uma incursão que durou várias horas, a mesma fonte reportou a morte de mais quatro palestinianos, aumentando o número de mortos para sete pessoas em poucas horas.
Com as vítimas de hoje, sobe para 73 o número de palestinianos mortos na Cisjordânia ocupada desde 07 de outubro, quando eclodiu a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, em Gaza.
Tal como nos dias anteriores, o Exército israelita realizou na quarta-feira à noite extensas operações em toda a Cisjordânia, incluindo a demolição, na aldeia de Qibya, da casa da família de um alegado agressor palestiniano que terá matado um soldado israelita.
Os militares israelitas impuseram um bloqueio rigoroso a Nur Shams, tendo proibido a circulação dos seus residentes, e invadiram casas no meio de fortes confrontos que causaram a destruição de vários carros, informou a agência oficial de notícias palestiniana Wafa.
Segundo a Wafa, os israelitas também impediram a passagem de uma ambulância para levar um dos feridos para o hospital, que acabou por morrer no local.
Por outro lado, o Exército israelita informou, em comunicado, ter detido mais de 80 palestinianos "suspeitos de envolvimento em atividades terroristas", incluindo 63 ligados ao Hamas, e confiscou uma grande quantidade de armas.
De acordo com a agência de notícias palestiniana, foram detidas, nas últimas horas, mais de 150 pessoas, entre as quais 50 palestinianos de Gaza que trabalhavam em Israel e se mudaram para a Cisjordânia após o início da guerra.
Desde o início do conflito, as forças israelitas prenderam pelo menos 524 palestinianos na Cisjordânia, um território que vive o ano mais mortífero das últimas duas décadas, desde a Segunda Intifada (2000-2005), a revolta civil dos palestinianos contra a política administrativa e a ocupação israelita.
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