"Informei o presidente, Biden, de uma grande reunião internacional sobre a Fórmula de Paz, que terá lugar em Malta este mês", disse Volodymyr Zelensky no seu discurso à nação esta quinta-feira à noite, durante o qual relatou uma conversa telefónica com o homólogo norte-americano.
"Os Estados Unidos apoiam a implementação da Fórmula de Paz", afirmou.
Zelensky também se referiu à conversa com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na quinta-feira, na qual elogiou "a participação ativa da ONU nos esforços globais sobre a Fórmula para a Paz".
De acordo com o presidente ucraniano, a ONU está "pronta a enviar um representante para a próxima reunião", que, explicou, voltará a reunir conselheiros dos presidentes ou governos que apoiam o documento.
A reunião de Malta será a terceira organizada pela Ucrânia neste formato. As duas reuniões anteriores, realizadas este ano na Dinamarca e na Arábia Saudita, contaram com a presença de dezenas de conselheiros de governos e presidentes de todo o mundo, convocados pelo chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andri Yermak.
A Ucrânia pretende organizar uma cimeira para aprovar a Fórmula de Paz com a presença do maior número possível de líderes mundiais, mas muitos dos líderes que enviaram os conselheiros para a reunião têm relações estreitas com a Rússia e não se mostraram disponíveis.
Entre os pontos do plano de paz de Zelensky contam-se o regresso dos prisioneiros militares e civis e a proteção do ambiente, da segurança nuclear, energética e alimentar. O ponto-chave é a restauração da integridade territorial reconhecida pela ONU.
Os críticos classificam o plano de fantasioso, uma vez que uma das condições é a retirada total das tropas russas da Ucrânia.
Leia Também: Zelensky condena ataque russo que causou pelo menos dois mortos