"Facilitámos a libertação de mais dois reféns, transportando-os para fora de Gaza esta noite", disse o CICV na rede social X, destacando o seu "papel como intermediário neutro".
"Esperamos que em breve regressem aos seus entes queridos", acrescentou a organização com sede em Genebra, sem dar indicações da identidade dos reféns.
A declaração do CICV ocorreu logo após o Hamas anunciar a libertação de dois reféns.
O CICV indicou na noite de hoje que estava mais uma vez "pronto para facilitar qualquer libertação futura".
O ataque do Hamas ao território israelita a 07 de outubro fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e 222 reféns, desencadeando uma forte retaliação israelita.
O Exército israelita e os combatentes palestinianos vão hoje no 17.º dia de guerra, prosseguindo os incessantes ataques aéreos das forças israelitas ao enclave e o lançamento de projéteis para Israel por parte das milícias palestinianas.
Na Faixa de Gaza, os mortos já são mais de 5.000, incluindo mais de 2.000 crianças, mais de 1.100 mulheres e 217 idosos, segundo as autoridades locais.
Na sexta-feira passada, a presidente do CICV, Mirjana Spoljaric Egger, lembrou que os reféns devem ser autorizados, durante o seu cativeiro, a receber assistência humanitária e cuidados médicos.
"Devem ter a oportunidade de contactar as suas famílias. As famílias separadas dos seus entes queridos sofrem, independentemente do lado em que estejam", declarou em comunicado.
O CICV está presente em Israel e nos territórios ocupados desde 1967 e realiza visitas a centros de detenção israelitas e palestinianos.
Em resposta ao ataque do Hamas, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O terminal de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito, vai permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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