O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, divulgou, esta terça-feira, uma alegada conversa entre um membro do grupo islamita Hamas com familiares, onde se vangloriou por ter matado dez judeus "com as próprias mãos".

Segundo o responsável, a conversa foi interceptada após as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) terem encontrado um telemóvel de uma mulher assassinada pelo Hamas, no kibutz de Mefalsim, junto à Faixa de Gaza, que terá sido utilizado por um terrorista. 

Na conversa, ouve-se o membro do Hamas, que não foi identificado, a pedir aos pais para abrirem uma mensagem na aplicação WhatsApp para que pudessem "ver todos aqueles" que ele tinha assassinado.

"Vejam quantos matei com as minhas próprias mãos. O vosso filho matou judeus", afirmou, acrescentando que estava a usar o telemóvel de uma mulher que havia matado.

"Matei-a e matei o marido dela", disse. "Matei dez com as minhas próprias mãos! Pai, dez com as minhas próprias mãos". 

O terrorista continua a vangloriar-se com os crimes, com o pai a responder: "Meu filho, Deus te abençoe".

"Juro, dez com as minhas próprias mãos", repetiu. "Matei 10 com as minhas próprias mãos.

Quando os pais lhe pedem para que regresse a casa em segurança, o terrorista recusa-se a fazê-lo e defendeu que agora "não há volta a dar: ou é a morte ou a vitória".

Segundo Hagari, a gravação foi divulgada pela primeira vez no Conselho de Segurança da ONU sobre a atual situação no Médio Oriente, realizada ao 18.º dia da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.

As part of the efforts to establish full control and rehabilitate the communities hit by Hamas' invasion and massacre in southern Israel, the ISA and the IDF located a telephone belonging to one of the murdered women that was used by one of the terrorists >> pic.twitter.com/wwuhcUoQyt

— דובר צה״ל דניאל הגרי - Daniel Hagari (@IDFSpokesperson) October 24, 2023

Recorde-se que, depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE). 

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