ONU ameaça parar missão por falta de combustível. Israel respondeu assim
Forças de Defesa de Israel recorreram às redes sociais para sugerir à agência humanitária que pedisse combustível ao Hamas.
Mundo Israel/Palestina
As Forças de Defesa de Israel (IDF) responderam de forma irónica à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), depois de a agência humanitária ter alertado para o facto de a falta de combustível obrigar a suspender as operações na Faixa de Gaza.
Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), as tropas israelitas partilharam uma fotografia aérea de alegados tanques de combustível com a seguinte mensagem: "Estes tanques de combustível estão dentro de Gaza. Contêm mais de 500 mil litros de combustível. Perguntem ao Hamas se podem levar algum".
A publicação surge em resposta a uma publicação feita pela ONU, momentos antes. "Se não recebermos combustível com urgência, seremos obrigados a parar as nossas operações na Faixa de Gaza a partir de amanhã à noite", tinham alertado a agência humanitária.
These fuel tanks are inside Gaza.
— Israel Defense Forces (@IDF) October 24, 2023
They contain more than 500,000 liters of fuel.
Ask Hamas if you can have some. https://t.co/Dlag6VdbMq pic.twitter.com/WXzZMFr8yI
Esta terça-feira, recorde-se, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente avisou que teria de encerrar as suas operações no prazo de 24 horas.
De acordo com o último relatório da UNRWA em Gaza, às 18:00 locais (16:00 em Lisboa), não tinha havido qualquer suspensão das operações, mas ao longo do dia os porta-vozes da organização repetiram que o momento é "muito crítico" para as suas atividades e a pressão tem vindo a aumentar para permitir o acesso ao combustível.
Enquanto a ONU aguarda o combustível necessário para as "operações humanitárias que salvam vidas", o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo grupo islamita Hamas desde 2007, declarou o "colapso total" do sistema de saúde do enclave devido à escassez de combustível e aos bombardeamentos israelitas.
Segundo o ministério, as instituições de saúde deixaram de funcionar e os hospitais que permanecem abertos já não podem prestar serviços.
Leia Também: Agência da ONU em Gaza vive "horas críticas" antes de parar operações
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