Os exercícios militares, de dois dias, vão realizar-se na província central de Isfahan, informou a agência noticiosa Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária iraniana.
Serão utilizados veículos blindados, artilharia, mísseis, helicópteros e 'drones' (aeronaves sem tripulação), disse a mesma fonte, segundo a agência espanhola EFE.
O exército informou que 200 helicópteros participarão numa das manobras, mas sem dar mais pormenores.
As manobras terão lugar no meio de tensões acrescidas na região devido à guerra entre Israel e o Hamas, que começou quando o grupo islamita atacou o Estado judaico em 07 de outubro.
Israel disse que a operação causou 1.400 mortos e que o Hamas raptou mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros, que mantém como reféns na Faixa de Gaza.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007.
Israel declarou guerra ao Hamas e cortou o fornecimento de energia, água e combustível aos mais de dois milhões de residentes no território palestiniano.
O exército israelita tem bombardeado constantemente o pequeno território de 365 quilómetros quadrados, com um balanço de mais de sete mil mortos, segundo o Hamas.
A União Europeia (UE) apelou na quinta-feira para pausas humanitárias que permitam fazer chegar ajuda à população palestiniana.
Israel acusou o Irão de ter apoiado a operação do Hamas com treino militar, armamento e informações de inteligência.
Teerão, que nega as acusações, apoia o Hamas e tem alertado para o risco de uma escalada se Israel não parar com os ataques contra Gaza.
O conflito alastrou-se já ao norte de Israel, com trocas de tiros entre as forças israelitas e a milícia libanesa Hezbollah, ligada ao Irão.
Os Estados Unidos posicionaram meios navais na região como meio de dissuasão.
Israel, Estados Unidos e UE consideram o Hamas como uma organização terrorista.
Leia Também: Israel mostra armas do Hamas fabricadas no Irão e Coreia do Norte