Kyiv pede apoio a Madrid para adesão à União Europeia

O chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andri Yermak, pediu o apoio de Madrid no processo de adesão da Ucrânia à União Europeia, numa reunião com a conselheira do primeiro-ministro espanhol para os Negócios Estrangeiros, Emma Aparici.

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Lusa
29/10/2023 15:48 ‧ 29/10/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

De acordo com um comunicado da presidência ucraniana hoje divulgado, o encontro, no sábado, teve lugar à margem de uma reunião em Malta, a nível de conselheiros, para discutir a "Fórmula de Paz" proposta por Kiev.

O comunicado refere ainda que Yermak transmitiu a Aparici o "sucesso" da Ucrânia na implementação das recomendações da Comissão Europeia (CE).

Além disso, o chefe de gabinete manifestou-se também esperançado em que a Espanha, no âmbito da presidência rotativa do Conselho da União Europeia, preste o seu "apoio" à adoção pela Comissão Europeia de uma decisão sobre a abertura de negociações de adesão da Ucrânia antes do final deste ano.

"A presidência espanhola da UE deve contribuir para esta decisão histórica", declarou Yermak, que também falou com Aparici sobre a participação de Espanha na implementação do plano de paz ucraniano.

Por último, Yermak agradeceu a Madrid o apoio financeiro à iniciativa humanitária "Cereais da Ucrânia" e convidou a Espanha a participar na segunda cimeira deste programa, que se realizará em Kiev a 25 de novembro deste ano.

O chefe do gabinete da presidência ucraniana também se reuniu com os conselheiros dos chefes de Estado e de Governo de outros países, incluindo Portugal, Turquia, Canadá e Noruega, bem como com a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

A reunião de sábado, em Malta, seguiu-se aos anteriores encontros em Copenhaga e Jeddah e foi, até agora, a que teve a maior presença, com representantes de 66 países e organizações internacionais, o que, segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, demonstrou que a sua iniciativa "está a tornar-se global".

Os conselheiros concordaram também em criar grupos de trabalho para tratar, a nível técnico, os aspetos da guerra na Ucrânia considerados no plano de Kiev, incluindo a segurança alimentar, a segurança nuclear e o regresso das crianças deportadas pela Rússia.

Leia Também: Moscovo ameaça confiscar bens se UE atribuir fundos russos à Ucrânia

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