Presidente guineense promete "surpresa" nos 50 anos da independência
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, pediu hoje autoestima aos guineenses e prometeu uma "surpresa" nas comemorações dos 50 anos da independência, a 16 de novembro.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Mundo Umaro Sissoco Embaló
Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas no regresso da visita de Estado que fez, durante a semana, a Portugal, enfatizando que já no dia 16 serão o Presidente da República e o primeiro-ministro portugueses a visitar a Guiné-Bissau para participar nas celebrações.
A deslocação de Sissoco a Portugal foi anunciada como a primeira visita de Estado de um presidente da Guiné-Bissau, mas, nos últimos dias, a atualidade política e as redes sociais guineenses têm sido marcadas pela informação de que a primeira visita de Estado foi feita pelo presidente Nino Vieira, em 1996.
O Presidente Sissoco considerou esta "uma questão menor" levantada por "guineenses que querem desordem" e lamentou que exista na Guiné-Bissau "uma crise de autoestima".
"Ouviram o primeiro-ministro português, o Presidente português. Para mim é (uma questão) menor. Aqui há pessoas que infelizmente não se sentem bem, perderam a autoestima. Eu não, eu tenho muita estima pela Guiné-Bissau, não estou em competição com ninguém", declarou.
O Presidente da Guiné-Bissau agradeceu a forma como foi tratado na visita de Estado, salientando que "mostra que existe um bom nível, de facto, na relação entre a Guiné-Bissau e Portugal".
Sissoco lembrou que, desde que é presidente da Guiné-Bissau, há três anos, já fez "30 visitas de Estado" e considerou que "o que é importante é reposicionar a Guiné-Bissau no seio das nações".
Anunciou ainda que no próximo ano vai fazer uma visita de Estado à China e que, em novembro, vai ter um encontro com o papa Francisco.
Nas comemorações dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, agendadas para 16 de novembro, promete representações de vários países.
O Presidente guineense diz que convidou "o máximo de chefes de Estado" para participar e sobre o programa não revela pormenores.
"É muito importante fazer a surpresa, não convém dizer tudo, mas haverá uma boa manifestação, desfile, e até reação popular também", indicou.
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