Irão avisa que grupos pró-iranianos podem aumentar ações na região
O chefe da diplomacia do Irão avisou hoje que os grupos pró-iranianos na região podem aumentar as suas ações devido à guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, sublinhando a urgência de pôr fim ao conflito.
© REUTERS/Aziz Taher
Mundo Israel
"É normal que os grupos e movimentos de resistência não permaneçam em silêncio face aos crimes" cometidos no território palestiniano da Faixa de Gaza, disse Hossein Amir-Abdollahian durante uma visita ao Qatar.
"Estes [grupos] não ouvirão os conselhos de ninguém, por isso, devemos aproveitar a última oportunidade política para acabar com a guerra", acrescentou, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano publicado no final da sua reunião com o emir do Qatar, Tamin bin Hamad Al-Thani.
Estas declarações surgem quando há um aumento nos ataques de grupos apoiados pelo Irão contra Israel e o seu aliado Estados Unidos na região do Médio Oriente.
Na terça-feira, os rebeldes Huthis do Iémen prometeram continuar os seus ataques contra Israel. Os rebeldes iemenitas -- aliados de longa data do Irão -- já haviam assumido o lançamento de 'drones' contra Israel.
Na fronteira norte de Israel, as trocas de tiros são quase diárias com o grupo libanês Hezbollah, um dos movimentos pró-iranianos mais poderosos da região, aumentando o receio de que toda a região venha a envolver-se na guerra entre Israel e o Hamas.
As tropas norte-americanas foram atacadas 14 vezes no Iraque e nove vezes na Síria nas últimas duas semanas, segundo o Pentágono.
Em Doha, Hossein Amir-Abdollahian também se reuniu com o seu homólogo do Qatar, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani, que também alertou contra o prolongamento do conflito e apelou a um cessar-fogo imediato, segundo a agência noticiosa QNA.
Tanto o Qatar como o Irão são firmes apoiantes da causa palestiniana e mantêm relações com o Hamas.
O emirado do Golfo alberga a maior base militar norte-americana no Médio Oriente, ao mesmo tempo que sedia o gabinete político do Hamas e o seu líder exilado Ismail Haniyeh.
O Qatar utilizou os seus canais de comunicação com o Hamas para desempenhar um papel na libertação de quatro dos quase 240 reféns detidos pelo movimento islâmico em Gaza.
Hoje, as autoridades iranianas também afirmaram que os Estados Unidos enviaram militares para Telavive para "supervisionar e dirigir" a ofensiva militar lançada contra a Faixa de Gaza, após os ataques de 07 de outubro do Hamas a Israel.
O major-general Gholam Ali Rashid, comandante do quartel-general da Khatam al Anbia - órgão das forças armadas iranianas encarregado da coordenação de operações --, afrimou que estão em Telavive militares do Exército e da Marinha dos Estados Unidos.
Ali Rashid, citado pela agência de notícias iraniana Tasnim, afirmou que estes militares estariam numa base subterrânea na capital de Israel e sublinhou que "isto mostra que as medidas dos Estados Unidos contradizem as suas declarações sobre a contenção da guerra na região".
O militar iraniano denunciou que os Estados Unidos "entregaram milhares de bombas e mísseis" a Israel e dão "ordens e apoio no terreno", apesar de ter insistido que "a resistência palestiniana" conseguirá "infligir uma derrota ao regime sionista aos Estados Unidos".
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