"Informámos os intermediários que vamos libertar um certo número de estrangeiros nos próximos dias", declarou Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qasam, braço armado do movimento palestiniano, num vídeo difundido pelos meios de comunicação do Hamas.
Na sequência dos ataques de 07 deste mês, o Hamas, movimento que é considerado uma organização terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, fez mais de duas centenas de reféns.
O exército israelita anunciou na terça-feira ter libertado uma militar mantida como refém pelo movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza, informaram, em comunicado, as autoridades israelitas.
"A soldado Ori Megidish foi libertada [domingo à noite] durante uma operação terrestre, depois de ter sido raptada pela organização terrorista Hamas a 07 de outubro", afirmaram os Serviços de Segurança Interna e o exército israelita num comunicado conjunto.
Antes, o Hamas já tinha libertado quatro reféns israelitas.
Também na terça-feira, o grupo islamita palestiniano divulgou um vídeo em que três mulheres israelitas, alegadamente mantidas em cativeiro na Faixa de Gaza, responsabilizam o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu pelo que aconteceu a 07 de outubro.
No vídeo hoje divulgado, Obeida advertiu que a Faixa de Gaza se tornará "um cemitério e um pântano" para os soldados israelitas e o fim de Netanyahu.
"Gaza será um cemitério e um pântano para o inimigo, os seus soldados e os seus dirigentes políticos e militares. A derrota esmagadora que será infligida a Netanyahu marcará o fim da sua carreira política", declarou Obeida.
Hoje, ao meio-dia local (10:00 de Lisboa), o Ministério da Saúde do Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, anunciou que 8.525 pessoas, incluindo 3.542 crianças, tinham sido mortas naquele território palestiniano desde o início da guerra com Israel.
A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes realizado pelo movimento islamita palestiniano (classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel) no território israelita a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, segundo as autoridades israelitas.
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