Hamas anuncia que libertará reféns estrangeiros "nos próximos dias"

Um porta-voz do braço armado do Hamas revelou hoje que o movimento islamita vai libertar "reféns estrangeiros nos próximos dias" e garantiu que Gaza será "um cemitério" para Israel se o exército israelita avançar com uma invasão militar.

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© Ali Jadallah/Anadolu Agency/Getty Images

Lusa
31/10/2023 18:40 ‧ 31/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel

"Informámos os intermediários que vamos libertar um certo número de estrangeiros nos próximos dias", declarou Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qasam, braço armado do movimento palestiniano, num vídeo difundido pelos meios de comunicação do Hamas.

Na sequência dos ataques de 07 deste mês, o Hamas, movimento que é considerado uma organização terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, fez mais de duas centenas de reféns.

O exército israelita anunciou na terça-feira ter libertado uma militar mantida como refém pelo movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza, informaram, em comunicado, as autoridades israelitas.

"A soldado Ori Megidish foi libertada [domingo à noite] durante uma operação terrestre, depois de ter sido raptada pela organização terrorista Hamas a 07 de outubro", afirmaram os Serviços de Segurança Interna e o exército israelita num comunicado conjunto.

Antes, o Hamas já tinha libertado quatro reféns israelitas.

Também na terça-feira, o grupo islamita palestiniano divulgou um vídeo em que três mulheres israelitas, alegadamente mantidas em cativeiro na Faixa de Gaza, responsabilizam o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu pelo que aconteceu a 07 de outubro.

No vídeo hoje divulgado, Obeida advertiu que a Faixa de Gaza se tornará "um cemitério e um pântano" para os soldados israelitas e o fim de Netanyahu.

"Gaza será um cemitério e um pântano para o inimigo, os seus soldados e os seus dirigentes políticos e militares. A derrota esmagadora que será infligida a Netanyahu marcará o fim da sua carreira política", declarou Obeida.

Hoje, ao meio-dia local (10:00 de Lisboa), o Ministério da Saúde do Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, anunciou que 8.525 pessoas, incluindo 3.542 crianças, tinham sido mortas naquele território palestiniano desde o início da guerra com Israel.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes realizado pelo movimento islamita palestiniano (classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel) no território israelita a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, segundo as autoridades israelitas.

Leia Também: UE pede "urgência do acesso humanitário" em Gaza

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