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Comunicações voltam a ser "completamente cortadas" em Gaza

O operador de telecomunicações palestiniano Paltel disse hoje que houve um "corte total" das linhas telefónicas e de Internet na Faixa de Gaza, cercada pelo exército israelita.

Comunicações voltam a ser "completamente cortadas" em Gaza
Notícias ao Minuto

06:16 - 01/11/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Lamentamos informar os nossos compatriotas do nosso querido país que as comunicações e os serviços de Internet em Gaza foram completamente cortados", declarou a Paltel na rede social X.

Um jornalista da agência France-Presse em Gaza confirmou o corte, dizendo que tinha acesso a uma rede de telecomunicações através de um cartão SIM internacional.

As comunicações e a Internet já tinham sido cortadas na Faixa de Gaza na sexta-feira, quando Israel efetuou uma série de ataques no território palestiniano, privando 2,4 milhões de habitantes de contacto.

As comunicações foram gradualmente restabelecidas a partir de domingo.

No momento do primeiro corte, a organização humanitária Crescente Vermelho Palestiniano afirmou ter "perdido o contacto com o centro operacional e com todas as equipas na Faixa de Gaza".

A organização não governamental de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch manifestou preocupação com a possibilidade de o apagão poder servir de "cobertura para atrocidades em massa".

Em 07 de outubro, o grupo islamita Hamas desencadeou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Israel. Colômbia chama embaixadora por "massacre do povo palestiniano"

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