De acordo com um comunicado do ministério, 43 aviões e sete navios chineses foram detetados nas 24 horas anteriores às 06:00 (22:00 de terça-feira em Lisboa).
Destes, "37 aviões atravessaram a linha mediana [uma demarcação não oficial entre a China e Taiwan que o primeiro não reconhece] e entraram na zona de identificação de defesa aérea no sudoeste e sudeste" de Taiwan, adiantou a mesma fonte.
Pequim considera a ilha parte de território chinês, admitindo o uso de força caso Taiwan anuncie formalmente a independência.
A China tem vindo a intensificar as ameaças e pressões políticas e económicas sobre Taipé desde que a Presidente, Tsai Ing-wen, chegou ao poder em 2016, em representação de um partido que defendia uma declaração formal de independência da ilha.
Em outubro, o ministro da Defesa de Taiwan afirmou que este ano a China intensificou a "intimidação militar", enviando mais aviões militares para as imediações da ilha e acelerando a instalação de mísseis balísticos.
As autoridades de Taiwan referem incursões quase diárias de aviões do exército chinês, que efetuou grandes manobras militares em torno da ilha no ano passado.
Em setembro, Pequim enviou 103 aviões no espaço de 24 horas, o que Taipé descreveu como um recorde nos tempos mais recentes.
O ministério taiwanês advertiu que "o assédio militar contínuo de Pequim" poderia "facilmente conduzir a uma escalada acentuada das tensões e ameaçar a segurança regional".
Em abril, Pequim realizou exercícios militares que simulavam um cerco à ilha, na sequência de um encontro entre a liderança taiwanesa e o então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia.
Durante estes exercícios, Pequim simulou bombardeamentos dirigidos à ilha e um cerco a Taiwan.
Na semana passada, o Ministério da Defesa chinês acusou o Partido Democrático Progressista (PDP), no poder, de arrastar a ilha para uma "situação de guerra perigosa", depois de ter sido noticiado que Taipé planeava comprar milhares de drones militares nos próximos quatro anos.
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