China em alerta após passagem de navios militares americanos e canadianos

A China declarou hoje que está "em alerta máximo" na sequência da passagem pelo Estreito de Taiwan de dois navios militares, do Canadá e Estados Unidos, pela segunda vez em dois meses.

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© Gallo Images / Orbital Horizon/Copernicus Sentinel Data 2019

Lusa
02/11/2023 11:46 ‧ 02/11/2023 por Lusa

Mundo

China

O USS Rafael Peralta, um contratorpedeiro da classe Arleigh Burke, e a fragata canadiana HMCS Ottawa fizeram uma passagem de rotina pelo Estreito na quarta-feira, segundo a Marinha dos EUA.

"As tropas presentes permanecem em alerta constante e protegerão resolutamente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade regionais", afirmou o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Oriental da China, em comunicado.

Shi Yi declarou que a última passagem dos navios é um "exagero mediático" e que as forças navais e aéreas chinesas "seguiram todo o seu curso".

A passagem destes dois navios ocorre depois de, a 9 de setembro, dois navios de guerra dos Estados Unidos e do Canadá terem atravessado a estreita faixa marítima que separa a ilha da China continental.

Washington e os seus aliados ocidentais aumentaram o número de passagens por esta via estratégica no âmbito da "liberdade de navegação" dos navios de guerra, a fim de recordar que se trata de águas navegáveis internacionais, o que suscitou a ira de Pequim.

A Sétima Frota dos Estados Unidos declarou em comunicado que o trânsito foi efectuado em conformidade com o direito internacional e "através de um corredor no estreito que ultrapassa o mar territorial de qualquer Estado costeiro".

"Essa cooperação é a peça central da nossa abordagem para uma região segura e próspera, onde aeronaves e navios de todas as nações podem voar, navegar e operar onde quer que o direito internacional o permita", lê-se na mesma nota.

O ministério da Defesa de Taiwan disse hoje que monitorizou a passagem na noite de quarta-feira, mas que "a situação era normal".

Pequim considera Taiwan como uma província que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.

O Governo chinês não reconhece o Estreito de Taiwan como parte das águas internacionais.

Em setembro, a China enviou 103 aviões em torno de Taiwan no espaço de 24 horas, o que Taipé descreveu como um "recorde recente".

Pequim intensificou as ameaças e a pressão política e económica sobre Taiwan desde que a Presidente Tsai Ing-wen chegou ao poder em 2016.

Leia Também: Líder chinês garante reforço de relações com Coreia do Norte

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