Este ataque "desperta o nosso espanto, a nossa incompreensão" e "levou a França a pedir explicações às autoridades israelitas, para compreender como um instituto cultural francês pode ser alvo de um ataque israelita", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, de visita à Nigéria.
"Hoje, como nos últimos dias, as instalações das Nações Unidas, o pessoal humanitário e os meios de comunicação foram atingidos por ataques israelitas. Assim, como outros. A França expressou a sua condenação", acrescentou a chefe da diplomacia francesa.
"Israel, como qualquer país, tem o direito de se defender e o direito de defender a sua população, mas tem o dever de o fazer respeitando plenamente o direito humanitário internacional, ou seja, protegendo as populações civis", sublinhou a ministra.
No que diz respeito às mortes de jornalistas, Colonna lembrou que cerca de 30 profissionais de meios de comunicação perderam já a vida neste conflito, renovando a condenação desse facto.
Durante a tarde de hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês anunciou num comunicado de imprensa que tinha pedido às autoridades israelitas que "comunicassem sem demora, pelos meios apropriados, os elementos tangíveis que motivaram esta decisão" de atacar o Instituto Francês de Gaza.
A diplomacia francesa esclareceu que nenhum funcionário se encontrava nas instalações do Instituto.
Numa segunda declaração, o Ministério "condenou os ataques contra instalações das Nações Unidas e pessoal humanitário, cujo trabalho é essencial para as populações civis de Gaza, bem como contra as sedes dos meios de comunicação social".
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