Esta manhã alguns moradores e comerciantes em Conacri indicaram à Agência France Presse (AFP) que foram ouvidos disparos de armas automáticas e que ninguém podia entrar ou sair do centro da capital, sem conhecerem, à altura, o motivo.
Posteriormente, o ministro da Justiça da Guiné, Charles Alphonse Wright, anunciou que Dadis Camara tinha sido libertado por um grupo de homens armados.
O antigo militar Claude Pivi e Blaise Goumou também escaparam da prisão, segundo o executivo.
"Nós vamos encontrá-los e os responsáveis serão responsabilizados", assegurou Wright a uma rádio local.
Camara e uma dúzia de antigos militares respondem por um conjunto de assassinatos, atos de tortura, violações e sequestros, cometidos em 28 de setembro de 2009, num estádio nos subúrbios de Conacri.
Pelo menos 156 pessoas morreram e centenas sofreram ferimentos.
De acordo com um relatório da comissão de inquérito mandatada pela ONU (Organização das Nações Unidas), pelo menos, 109 mulheres foram violadas.
Em 2021, a República da Guiné foi alvo de um novo golpe de Estado, que levou o coronel Doumbouya a ser empossado Presidente, comprometendo-se a entregar o poder aos civis eleitos, no prazo de dois anos, a partir de janeiro de 2023.
Um grupo de partidos e organizações da oposição denunciou que os compromissos não têm sido cumpridos, alertando para uma "ditadura emergente".
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