"O capitão Moussa Dadis Camara foi encontrado são e salvo e levado de volta à prisão", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o diretor de informação do exército (Dirpa), Ansoumane Toumany Camara, sem especificar as circunstâncias da captura.
Um dos advogados do ex-Presidente (2008-2009), Jocamey Haba, confirmou numa breve conversa com a AFP que o seu cliente estava de volta à cela.
Apenas o coronel Claude Pivi permanece indetectável entre os três ou quatro homens - dependendo das fontes - retirados da prisão durante uma operação de comando, disse o diretor do Dirpa.
Pivi está a ser "ativamente procurado", disse o mesmo responsável, garantindo que o foragido "não tem hipótese de deixar o país, já que Conacri está isolada", depois de o Governo ter decretado o encerramento das fronteiras.
Camara e uma dúzia de antigos militares respondem por um conjunto de assassinatos, atos de tortura, violações e sequestros, cometidos em 28 de setembro de 2009, num estádio nos subúrbios de Conacri.
Pelo menos 156 pessoas morreram e centenas sofreram ferimentos.
De acordo com um relatório da comissão de inquérito mandatada pela ONU (Organização das Nações Unidas), pelo menos, 109 mulheres foram violadas.
Em 2021, a República da Guiné foi alvo de um novo golpe de Estado, que levou o coronel Doumbouya a ser empossado Presidente, comprometendo-se a entregar o poder aos civis eleitos, no prazo de dois anos, a partir de janeiro de 2023.
Um grupo de partidos e organizações da oposição denunciou que os compromissos não têm sido cumpridos, alertando para uma "ditadura emergente".
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