Primeiro-ministro de Singapura vai ceder liderança antes das eleições

O primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, afirmou hoje que vai passar a liderança do Partido de Ação Popular ao número dois, Lawrence Wong, antes das próximas eleições, que deverão realizar-se entes de novembro de 2025.

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Lusa
05/11/2023 07:23 ‧ 05/11/2023 por Lusa

Mundo

Singapura

Durante um congresso, Lee, de 71 anos, disse que "se tudo correr bem" tenciona entregar a liderança do Partido de Ação Popular (PAP) ao atual vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças em novembro de 2024.

"Tenho plena confiança em Lawrence e na sua equipa e não há qualquer razão para atrasar a transição política", afirmou num discurso dirigido aos membros do PAP, formação que tem governado a cidade-Estado desde a independência da Malásia em 1965.

A transição da liderança tem vindo a ser preparada desde que Wong, 49 anos, foi nomeado vice-primeiro-ministro em junho do ano passado, poucos meses depois de ter assumido a liderança da nova geração de políticos do PAP.

Lee Hsien Loong, filho do "pai" da pátria, Lee Kuan Yew, que transformou a modesta ilha num país moderno com mão de ferro, apelou ao apoio ao PAP para manter a cidade-Estado no palco internacional.

O primeiro-ministro, no poder desde 2004, explicou ainda que tinha planeado abandonar a liderança aos 70 anos, mas que os planos foram interrompidos pela pandemia da covid-19.

Wong, também ministro das Finanças, sucedeu ao vice-primeiro-ministro Heng Swee Keat, que caiu em desgraça depois de o PAP ter perdido um número recorde de lugares para o Partido dos Trabalhadores, na oposição, nas eleições de 2020, nomeadamente no círculo eleitoral que liderava.

Caso se torne no próximo primeiro-ministro, o político será o quarto líder na história do país do Sudeste Asiático e apenas o segundo que não pertence à dinastia Lee, depois de Goh Chok Tong, no poder entre 1990 e 2004.

A futura geração de líderes da ilha enfrenta o desafio de preservar o papel de Singapura, com uma população de 5,7 milhões de habitantes - 1,2 milhões dos quais são imigrantes - como um centro financeiro regional num período de tensões geopolíticas.

Leia Também: Singapura proíbe protestos ligados ao conflito Israel-Hamas

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