"Não pode haver cessar-fogo enquanto o Hamas continuar a lançar mísseis contra Israel porque não podemos deixar de nos preocupar com a população civil israelita", disse Tajani, após a conferência internacional de ajuda humanitária em Gaza, realizada em Paris.
Durante a conferência, o Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou ao cessar-fogo.
"O objetivo final é a paz, mas as pausas humanitárias podem permitir que as pessoas sejam colocadas em segurança através de corredores humanitários" e permitir ainda a chegada de ajuda humanitária, médicos e hospitais, afirmou Macron.
"Somos a favor de uma série de interrupções nos combates para permitir que os civis abandonem os locais de risco, mas também para permitir a entrada de materiais de apoio", disse Tajani.
"A passagem de Rafah deve permanecer a mais aberta possível" para que "os camiões possam trazer estes materiais", continuou o ministro.
Questionado sobre possíveis manifestações em Itália a favor do movimento islamita que controla a Faixa de Gaza, Tajani afirmou que "o Hamas é uma organização criminosa e defendê-la é um grande erro".
"É o pior inimigo do povo palestiniano, utiliza civis como escudos humanos, quer impedir acordos entre Israel e os países árabes para que possam viver em paz no Golfo e no Médio Oriente", continuou o ministro, acrescentando que a Autoridade Nacional Palestiniana é "o nosso único interlocutor".
A 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de 1.400 mortos e mais de duas centenas e meia de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
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