"Detivemos quatro pessoas alegadamente responsáveis pelo rapto de Luis Manuel Díaz, graças à intervenção coordenada entre o Ministério Público e as autoridades do Reino Unido", indicou a polícia colombiana, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
Os suspeitos, que estavam em posse de duas armas de fogo, foram detidos em Maicao e em Barrancas, duas cidades localizadas perto da fronteira com a Venezuela. Foi em Barrancas que o pai do jogador foi raptado em 28 de outubro juntamente com a mulher, que, horas depois, nesse mesmo dia, seria libertada.
De acordo com as autoridades, os quatro detidos pertencem a "uma organização criminosa" chamada 'Los Primos', ainda que não tenha revelado qual a ligação entre aquele grupo e o Exército de Libertação Nacional (ELN), a guerrilha armada que atua naquele país sul-americano.
O ELN, que prossegue negociações de paz com o governo, raptou em 28 de outubro os pais do jogador internacional colombiano, que representou o FC Porto entre 2019 e 2022, numa estação de serviço de Barrancas, a cidade natal da família, próxima da fronteira com a Venezuela. Ainda no mesmo dia, a mãe acabou por ser libertada.
Mais de 250 polícias e militares foram mobilizados para as buscas. A ELN viria a dizer, no entanto, que essa presença no terreno tornava difícil uma libertação "rápida e segura", o que levou à retirada das unidades.
O rapto colocou em perigo o processo de paz na Colômbia, iniciado há um ano, bem como o cessar-fogo vigente desde 03 de agosto.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, referiu na altura que o sequestro "rompia a confiança" entre as partes, enquanto António Garcia, comandante militar da ELN, admitiu que o rapto de Díaz foi "um erro".
Petro procura a política de 'paz total' na Colômbia, tentando desarmar todos os grupos ilegais no país.
A ELN é um grupo dissidente das já extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), prosseguindo a luta desde 2016.
Em seis décadas de conflito civil na Colômbia, o rapto tem sido uma 'arma recorrente' - segundo fontes oficiais, cerca de 30 casos foram realizados pelo ELN, entre janeiro e setembro deste ano.
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