Zelensky defende que Ucrânia deve "preparar-se" para ataques de inverno
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje que a Ucrânia deve "preparar-se" para ataques russos a infraestruturas neste inverno, aludindo a um possível aumento das investidas da Rússia.
© Juan Medina - Pool/Getty Images
Mundo Volodymyr Zelensky
"Devemos preparar-nos para a possibilidade de o inimigo aumentar o número de ataques de drones ou de mísseis contra as nossas infraestruturas", afirmou Zelensky, no seu discurso diário, citado pela Agência France Presse.
O chefe de estado ucraniano considera que "toda a atenção deve concentrar-se na defesa (...) em tudo o que a Ucrânia pode fazer para ajudar o povo a passar o inverno".
No ano passado, os bombardeamentos sistemáticos do exército russo na rede energética ucraniana privaram milhares de pessoas de aquecimento e eletricidade durante longos períodos de inverno rigoroso.
O governo ucraniano garantiu estar fazer tudo para proteger infraestruturas essenciais.
"O escudo aéreo ucraniano está mais forte do que no ano passado", assegurou Zelensky.
A Ucrânia recebeu importantes sistemas de defesa aerea dos aliados ocidentais, nomeadamente equipamentos Patriot fabricados nos Estados Unidos.
"Infelizmente, [o escudo aéreo] ainda não protege o total do território. Estamos a esforçar-nos para melhorá-lo ainda mais", acrescentou o presidente ucraniano, apelando à comunidade internacional para que faça eco deste apelo.
Uma delegação ucraniana, liderada pela ministra da Economia, Yulia Svyrydenko, e que inclui o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, chegou hoje aos Estados Unidos, para discutir cooperação e apoio à Ucrânia.
"Terei reuniões na Casa Branca e no Congresso, com grupos de reflexão e representantes de organizações da sociedade civil", escreveu Yermak no serviço de mensagens instantâneas Telegram, citado pela Agência France Presse.
A delegação discutirá "as propostas do Presidente para a paz, o fortalecimento da defesa da Ucrânia, o aprofundamento geral da cooperação e muitas outras questões importantes", acrescentou.
A ofensiva militar russa na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar a guerra.
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