A situação está cada vez mais crítica no maior hospital da Faixa de Gaza, depois de dias sem combustível, água ou comida, com profissionais de saúde a procurarem manter vivos os recém-nascidos prematuros, a enterrarem mortos numa vala comum e a denunciarem que as forças israelitas estão a disparar sobre ambulâncias e pacientes.
Esta quarta-feira, o dia arrancou com o anúncio de que as tropas de Israel terão entrado no complexo do hospital, alegando que o objetivo é apenas o de derrotar o Hamas e de recuperar os reféns sequestrados no ataque do dia 7 de outubro. Também foi anunciado que as forças israelitas permitirão que a ONU transporte algum combustível para a Faixa de Gaza, que a agência humanitária considerou apenas ser "uma fração" dos recursos necessários para manter os hospitais e abrigos em funcionamento.
Pelo quarto dia consecutivo, o número de mortos não foi atualizado devido às grandes dificuldades dos serviços palestinianos em contabilizar as milhares de vítimas que estão debaixo dos escombros. Entretanto, mais de 200 mil pessoas foram expulsas do norte de Gaza nos últimos dez dias e mais de 160 foram mortas na Cisjordânia ocupada por polícias ou colonos ilegais israelitas.