EUA. Inquérito de 'impeachment' contra Biden planeia convocar testemunhas

O líder da Câmara dos Representantes dos EUA referiu esta quarta-feira que o inquérito de 'impeachment' contra o Presidente Joe Biden já demonstrou que a sua família se envolveu em comportamentos corruptos, defendendo agora a convocação de testemunhas.

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© Nic Antaya/Bloomberg via Getty Images

Lusa
16/11/2023 10:03 ‧ 16/11/2023 por Lusa

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"Neste ponto, a nossa investigação já mostrou a conduta corrupta da família do Presidente e que ele e altos funcionários da Casa Branca mentiram repetidamente sobre o seu conhecimento e envolvimento nos negócios da sua família", destacou o republicano Mike Johnson, em comunicado.

Essas investigações no inquérito para a destituição ('impeachment'), acrescentou, também revelaram "dezenas de milhares de milhões de dólares de inimigos estrangeiros que foram pagos a empresas de fachada controladas pelo filho, irmão do Presidente e seus parceiros de negócios".

"Agora o passo apropriado é convocar testemunhas sob juramento e interrogá-las para preencher as lacunas", defendeu o presidente da câmara baixa do Congresso norte-americano.

Para os democratas, esta investigação é uma manobra de distração para desviar a atenção das quatro acusações criminais contra o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), favorito dos republicanos para combater Biden nas eleições do próximo ano.

A decisão de abrir uma investigação sobre Biden foi tomada em setembro pelo anterior líder da Câmara, o republicano Kevin McCarthy.

Os republicanos têm em vista as alegadas negociações comerciais da família Biden com os rivais do país, como a China, aproveitando-se dos seus laços políticos.

A oposição acusa Biden de ter utilizado a sua influência quando era vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Barack Obama (2009-2017) para ajudar o seu filho Hunter e outros familiares em alegados negócios irregulares com estes 'inimigos'.

Na liderança das investigações está o presidente do Comité de Supervisão da Câmara, James Comer, em coordenação com representantes do Comité Judiciário, Jim Jordan, e do comité de assuntos fiscais e assistência social (Ways and Means, em inglês), Jason Smith.

A Constituição dos Estados Unidos afirma que o Presidente pode ser destituído do cargo num julgamento de 'impeachment' se cometer "crimes graves ou contravenções".

Quando chegar a altura, a Câmara dos Representantes terá de votar sobre a possibilidade de apresentar acusações contra o atual Presidente, mas o poder de destituir o chefe de Estado do país recai posteriormente sobre o Senado, onde os democratas têm atualmente o controlo.

Leia Também: Xi diz que EUA não devem apostar contra China ou interferir nos assuntos

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